O Cortiço
João Ramão é um homem muito ganancioso, ele tinha uma
padaria e morava com Bertoleza uma escrava fugida que tinha uma quitanda e
algumas economias, Bertoleza também era uma mulher muito ambiciosa assim como
João Ramão.
A quitanda de Bertoleza era a mais frequentada do bairro,
com a morte de seu marido João Ramão passou a mostrar interesse por ela e
quando menos esperava já estavam morando juntos. Ramão passou a cuidar do
dinheiro de Bertoleza.
Com o dinheiro de Bertoleza, João Ramão compra alguns palmos
de terra e levanta uma casinha de duas portas, sendo a parte da frente a
quitanda e parte de trás os dormitórios .
Com o passar dos tempos João começa a construir casas que passam
a se chamar de cortiço. Um pouco perto dali vem morar outro português, Mirando
e sua família, Miranda não gosta nem um
pingo de aproximação com o cortiço e fato dele não gosta do cortiço incomodava
muito João Ramão.
Devido um incêndio o cortiço de João Ramão pega fogo, e como
ele é muito endinheirado ele constrói outro cortiço. Ele resolveu se casar com
Zulmira filha de Miranda, só que tinha
um problema Bertoleza, então decide se livrar dela, ele denuncia ela pra seus
antigos donos.
Com a chegada da policia ela corta seu ventre com uma faca,
morrendo na frente de João. Neste momento parou na porta uma carruagem. Era uma comissão abolicionista indo lhe entregar o diploma de benfeitor benemérito.
Aluísio Tancredo
Belo Gonçalves de Azevedo
(São Luís, 14 de abril de 1857 — Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913) foi umromancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de bom desenhista e discreto pintor.
Ainda em
petiz revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe
auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para
o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de
subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais.
Filho do
vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem,
enviuvara-se em boda anterior, e de D. Emília Amália Pinto de Magalhães,
separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste
Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais
contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à
época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual,
em parceria, viria a esboçar peças teatrais.
Com o
falecimento do pai em 1768 volta ao Maranhão para sustentar a família, onde,
instigado por dificuldades financeiras, finalmente dá início à atividade
literária, publicando Uma
Lágrima de Mulher no ano
seguinte. Em 1881, ano dentre a crescente efervecência abolicionista, publica o
romance O Mulato, obra que
deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial.
Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.
Diante da
reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era
considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí,
incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.
Sua obra é
tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscile
entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande
público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de
precursor do movimento.
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