
Que chora seu pranto, agora solitária
Desamparada, sofrida, muda, pária
Não existindo nenhuma esperança
Já que a morte tenha roubado aquela
Que do ventre um dia tenha nascido
Não consegue mais seu corpo erquido
É mais uma vítima que a terra esfarela
A fome assombra tudo o que desseca
Sua carne que o sol queima e resseca
Inocente, neste chão árido se deita
Não pensa, lamenta, talvez só respire
Não haverá quem desta vida suspire
Sua carniça, o abutre faminto espreita
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