MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

          Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu em 1839, no morro do livramento, no Rio de Janeiro, filho de um mulato pintor de casas e sua mulher portuguesa de origem humilde. Provavelmente tenha feito apenas estudos primários. Certamente foi uma autodidata. Contista, romancista, poeta, dramaturgo, jornalista, critico literário. Não só pela extensão da sua obra, evidente, mas pela qualidade e pela originalidade, MACHADO DE ASSIS é considerado o maior escritor da literatura brasileira de todos os tempos.
          MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, é considerada a  obra inaugural da fase realista das obras machadianas e da literatura brasileira. O livro é narrado pelo defunto autor BRÁS CUBAS, que tendo morrido com uns sessenta e quatro anos conta suas aventuras e desventuras de modo irônico e irreverente; de certo alguns não acharam graça alguma ao ler o livro, mais uma prova do singular talento e da intelectualidade de MACHADO DE ASSIS, para entender tal gênio é preciso ter uma boa bagagem de leitura.
            O enterro de BRÁS CUBAS tinha uma meia duzia de pessoas, um amigo para quem ele deixou uma pequena fortuna discursava, estava chovendo, em pouco tempo todos se foram. BRÁS CUBAS era um  jovem quando conheceu a doce Marcela, seu primeiro amor, um amor que lhe custou caro, ele gastou muito dinheiro com jóias e presentes, chegou a se endividar, quando descobriu seu pai o mandou imediatamente para a faculdade de Coimbra onde ser formou em direito mas de fato pouco sabia sobre o assunto, depois da faculdade passou um tempo conhecendo mulheres e lugares pela Europa só voltou com a noticia da doença de sua mãe que estava por um fio, BRÁS CUBAS nunca viu a morte de perto, sua mãe foi a primeira, a partir dali ele ficou desolado  triste, recebeu apoio de amigos vizinhos, seu pai contou-lhe os planos que tinha para ele, queria que o filho fosse deputado e casa-se com Virgília, o que a principio não teve interesse, mas cedeu as vontades de seu pai, conheceu a mas belas das criaturas, Eugênia, bonita, porém coxa, algum tempo depois foi conhecer a doce Virgília estava tudo certo para o casamento até que Lobo Neves aparece e a arrebata, prometendo-lhe o título de marquesa,  eles se casam , o pai de BRÁS CUBAS morre ele e a irmã brigam pela herança, anos depois Virgília volta os dois tem um caso por anos, ambos se amavam mas evitavam o escandado. Todos suspeitam , Lobo Neves também, BRÁS CUBAS e a irmã fazem as pazes, Lobo Neves ganha a presidência de uma província, primeiramente não aceita por motivos pessoais, novamente lhe é oferecido a presidência dessa vez ele aceita para o desespero dos apaixonados,  BRÁS CUBAS reencontra um amigo Quincas Borba que anos atrás encontrava mendigo e lhe roubara um relógio, agora que recebera uma herança era outro homem, um filosofo, um louco, não se sabe. O fato e que era um amigo. BRÁS CUBAS fica noivo, mas por desventura ela morre, anos depois Virgília volta o amor dos dois continua inabalável, Lobo neves lhe roubara tudo, Virgília , o cargo de deputado. Lobo Neves morre. BRÁS CUBAS tenta criar um emplasto, algo que lhe imortalizaria mas a idéia morre com ele, já que pega pneumonia e fica muito doente, Virgília esteve ao seu lado até o ultimo minuto.
         BRÁS CUBAS morreu, sua vida pode-se dizer que foi inútil não deixou nada para que fosse lembrado, viveu se é que se pode chamar tal existência de viver, e nada deixou, não teve filhos nem esposa, não trabalhou e por mais que sua história pareça fascinante não passou de um boêmio com uma boa conta bancaria.